A caneja (cação) de infundice é um prato típico da Ericeira (Portugal) e patrimônio gastronômico da vila |
Conta à lenda que um pescador depois de lavar a caneja (espécie de cação) com água do mar e embrulhá-la com jornal foi para casa esquecendo o pacote dentro do pequeno barco. Depois de 15 dias, o pescador encontrou o embrulho com o peixe. Ele retirou o papel e a primeira reação foi tapar o nariz devido ao forte cheiro de amoníaco.
Apesar do odor de urina, o peixe não estava estragado e conservava ainda uma ótima aparência. O pescador resolveu não jogar pescado fora. Ele o cozinhou e para sua surpresa o sabor da caneja era saboroso, embora muito forte. Acompanhado de um vinho tinto e azeite de oliva, o peixe foi consumido todo pelo pescador, que espalhou a novidade pelos quatro cantos.
Ambiente para fazer a caneja de infundice deve estar muito limpo |
Nascia assim a caneja de infundice, o prato típico da vila da Ericeira, em Portugal. Durante muitos anos, principalmente nos meses de inverno, quando o tempo ruim impedia a pescaria, era a caneja de infundice a única carne na mesa.
A caneja não é consumida fresca, mas apenas depois de ser submetida a uma cura que dura uma semana, ou duas, fazendo-a adquirir um aroma muito intenso e característico, a que os locais chamam “infundice”. Hoje o prato é feito da seguinte maneira:
Para preparar o peixe é preciso limpar, salgar e embrulhá-lo. Depois de 15 dias num ambiente escuro ele está pronto para ser consumido |
Depois de apanhada, a caneja é salgada e embrulhada num saco de pano. Ao fim de três dias, tempera-se com um pouco de sal e volta-se a embrulhar durante mais quatro ou cinco dias.
Raramente se encontra a caneja em algum restaurante. Os motivos são: o preço, o tempo para preparar o prato e o cheiro forte de urina |
Completado uma semana de cura, que deve ser feito em local escuro ou mesmo enterrada, a caneja liberta o tal cheiro insuportável, a infundice. Na Ericeira, os restaurantes não vendem por três motivos, o tempo que leva para ser feito, o preço alto e principalmente o cheiro de urina que o prato exala. Além da Ericeira, uma iguaria parecida é feita também na Noruega, mas com outro tipo de peixe.
Segundo o ericeirense, Fernando Melo, apesar do cheiro forte, o prato é um dos mais limpos que existe.
- Para preparar a caneja de infundice o ambiente teve estar muito limpo. Se por acaso uma mosca pousar no peixe antes de ser embrulhado ele já não presta mais – disse o jagoz (ericeirense).
Hei-de experimentar um dia .
ResponderExcluirdez nota dez.
ResponderExcluirAqui na NOVA ERICEIRA PORTUGAL DO NORTE DO BRASIL, apartir do povoado Lapela do atual município de Conceição do Lago Açu(MA), NA AMAZÔNIA LEGAL, no Estado do Maranhão, Meio-Norte/Nordeste do Brasil, nas águas doces de rios, lagos e afluentes da BACIA DO RIO MEARIM, chegou até aos dias de hoje, o legado da cultura gastronômica dos nossos amados antepassados ericeirenses, o PEIXE SECO AO SOL SALGADO NO LEITE DE CÔCO COM FARINHA DE MANDIOCA, conhecido como BACALHAU DA BAIXADA MARANHENSE ou simplesmente JABIRACA, a moeda de troca de grande valor de reserva econômica .
ResponderExcluirPrato típico, fruto da junção cultural JAGOZ ERICEIRENSE com a cultural índia e a cultural afro, deixando para nós um NOVO MUNDO CULTURAL, o LUSO-ÍNDIO-AFRO BRASILEIRO.
Bom apetite a todos, com muito limão e pouca pimenta.
Saudações Ericeirenses a todos.
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