sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Sábado tem lançamento do livro “Memórias do Sertão” em Itapema

Dona Dulce lança seu primeiro livro em Itapema/Foto Rogério Pinheiro

Contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí de 2017 e com patrocínio da Brasfrigo, o livro “Memórias do Sertão”, de Dulceclea Marcolino da Silva, será lançado neste sábado (25), às 16h, no Mercado Municipal de Itapema. O lançamento faz parte da programação do Brique Cultural de Itapema.

Com 160 páginas, “Memórias do Sertão” conta a história de dona Dulce do Sertão do Trombudo, bairro rural de Itapema, até Itajaí dos anos de 1970. São mais de 40 anos de memórias, que passam por momentos marcantes da história itajaiense. 

Filha de lavradores do Sertão do Trombudo, em Itapema, dona Dulce, 66 anos, teve a ideia de escrever o livro quando começou a trabalhar no Arquivo Público de Itajaí. Foi lá, no meio de livros e pesquisadores, que ela também se interessou em deixar por escrito as suas memórias.
 
Estrada de Santa Luzia, em Tijucas, na década de 1950/Foto Tijucas de Antigamente

Dulce aprendeu a escrever nas escolas rurais do Sertão do Trombudo e estudou só até aos 12 anos. Aos 17 anos, saiu do sítio do pais e foi trabalhar em casas de família em Florianópolis e Blumenau. Em 1972, foi morar no bairro Matadouro, em Itajaí. No Matadouro, ela conheceu o marido José Nivaldo Marcolino da Silva, com quem é casada há 44 anos.

Para ajudar a sustentar a família, trabalhou como doméstica e em empresas de pesca até prestar concurso público para o cargo de auxiliar de serviços gerais pela Prefeitura de Itajaí. Por mais de dez anos, Dulce foi merendeira nas escolas municipais e é lembrada até hoje pelos ex-alunos.

Bairro Matadouro, em Itajaí, na década de 1970/Foto Arquivo Público de Itajaí

O Brique Cultural acontece entre as 9h e às 18h e terá ainda apresentações de dança, teatro, música ao vivo, feira de artesanato e troca de livros. O Mercado Público de Itapema fica na rua 112, nº 69, Centro.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Livro "O Aeroporto de Itajaí" será lançado em Festival Literário nesta quinta-feira

Aeroporto de Itajaí na década de 1950/Foto Arquivo Público de Itajaí 

O 1º Festival Literário de Itajaí começa nesta quarta-feira (22), no Centreventos, com apresentações teatrais, oficinas, artesanato, contação de histórias e lançamento de livros. Entre eles “O Aeroporto de Itajaí”, da historiadora Maria de Fátima Maçaneiro Schneider. O livro será lançado nesta quinta-feira (23), às 19h, no espaço da Setorial de Produção Cultural e Literatura. A entrada é grátis.

O livro conta a história do aeroporto itajaiense antes mesmo da sua fundação, em 1950, com o pouso do hidroavião Atlântico, em janeiro de 1927, no rio Itajaí-Açu. O voo que trazia a bordo o itajaiense Victor Konder, ministro da aviação do governo de Washington Luís, é considerado o primeiro da aviação comercial no Brasil.

Aeronave da antiga companhia aérea Vasp/Arquivo Público de Itajaí 

O terminal começou com uma pista de pouso próximo da rua Uruguai na década de 1930, onde hoje estão as casas populares. Além da pista feita de macadame, o rio Itajaí-Açu também foi usado para os pousos dos hidroaviões, o mais famoso deles o Atlântico.

Em 1949, o aeroporto foi transferido para rua Blumenau, onde funciona hoje o escritório da Celesc. Foi na rua Blumenau, que o aeroporto ganhou um terminal de passageiros e o nome Salgado Filho, homenagem ao ministro da aviação de Getúlio Vargas.

Com problemas de infraestrutura, o terminal mudou novamente. Em janeiro de 1970, o aeroporto já com o nome de Ministro Victor Konder, foi transferido para Navegantes.

Hidroavião Atlântico na década de 1930/Foto Arquivo Público de Itajaí

A obra aborda também os acidentes que marcaram a história do aeroporto, passageiros famosos e muitas curiosidades. A pista do aeroporto chegou a ser utilizada para prática da farra do boi na década de 1960.

O livro foi contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí e conta com o patrocínio da Brasfrigo.

O 1º Festival Literário de Itajaí segue até domingo (26) e é aberto ao público das 9h às 12h e das 13h30 às 21h.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Penha recebe evento dos 200 anos da Nova Ericeira no dia 30 de novembro

Capela histórica São João Batista em Penha/Foto Turismo Penha

Penha também fez parte da Colônia Nova Ericeira. Para lembrar os 200 anos de criação do primeiro empreendimento pesqueiro do Brasil, o município realiza no dia 30 de novembro, às 19h, no Porto Penha Food Park, um evento alusivo à data. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Cultural de Penha. A entrada é grátis.

O evento comemorativo terá a exibição do documentário “Navegantes” e de uma roda de conversa com jornalistas e escritores de Penha e região. Entre eles, Magru Floriano, Rogério Pinheiro, Eduardo (Bajara) Souza, Dieter Hans Kohl, Isaque de Borba Correa e Cláudio Bersi.

O documentário “Navegantes” aborda a colonização portuguesa no litoral catarinense pelo olhar de seus moradores.  Contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura de Navegantes e com o apoio cultural da Portonave, o filme mostra que os descendentes de portugueses têm origem em diversas regiões de Portugal e não só do Arquipélago dos Açores.

O Porto Penha Food Park fica na avenida Alfredo Brunetti, nº 481, bairro Armação, próximo ao Parque Beto Carrero World. 

Penha é terceira cidade a receber o evento dos 200 anos da Nova Ericeira em 2017. Os municípios de Bombinhas e Navegantes já lembraram a data este ano. A programação de aniversário segue até março de 2018, em outras sete cidades do litoral catarinense.

Nova Ericeira

Em fevereiro de 1818, Dom João VI foi coroado rei de Portugal, Brasil e Algarves. Uma das primeiras medidas como monarca foi á criação de uma colônia pesqueira no Sul do Brasil. O Aviso Régio de 25 de março de 1818 tornou oficial a ideia sugerida no dia 18 de outubro de 1817, por Justino José da Silva, comerciante e ex-presidente da Câmara Municipal da Ericeira, em Portugal.

A Ericeira é uma vila turística muto conhecida em Portugal/Foto Rogério Pinheiro

Coube ao então Intendente da Marinha de Santa Catarina, o comandante Miguel de Souza Mello e Alvim, a fundação do povoado no litoral catarinense. O local indicado foi a Enseada das Garoupas, hoje cidade de Porto Belo.

Além de Porto Belo, fizeram parte da Nova Ericeira as cidades de Balneário Camboriú, Bombinhas, Camboriú, Governador Celso Ramos (Ganchos), Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Tijucas.

Os pescadores ericeirenses trouxeram técnicas pesqueiras, que foram repassadas de geração a geração e contribuiu para o desenvolvimento pesqueiro catarinense.

Ericeira
Local de passagem e instalação dos fenícios há 1000 antes de Cristo, a Ericeira é uma vila turística situada a 35 km a noroeste de Lisboa. Ericeira significa "terra de ouriços", devido aos numerosos ouriços do mar que podiam se encontrados nas suas praias.