Agostinho Alves Ramos/Arquivo Público de Itajaí |
Em
1820, o carioca Antônio de Menezes Vasconcellos Drummond esteve em Itajaí para
fundar uma colônia que durou pouco tempo. Três anos depois, foi a vez do
comerciante português Agostinho Alves Ramos se estabelecer onde é hoje o bairro
Itaipava. O carioca e o português são considerados os fundadores de Itajaí.
Drummond e Ramos tiveram participação ativa na Colônia Nova Ericeira, é o que
revela o livro “1818”, que será lançado neste sábado (15), às 11h, no Museu
Histórico de Itajaí.
Além
do lançamento do livro, o evento contará também com uma roda de conversa. O
bate-papo sobre a Nova Ericeira terá a participação de historiadores,
pesquisadores e jornalistas de Itajaí e região. Durante o evento será
apresentado um estudo que comprova a ligação de Itajaí com a Colônia Nova
Ericeira e sua importância para o desenvolvimento pesqueiro do município.
Antônio de Menezes Vasconcellos Drummond/Ilustração Daniel Manfredini |
O livro “1818 — A história da colônia criada por Dom João VI que foi alvo de disputa entre brasileiros e portugueses no século XIX”, de autoria do jornalista Rogério Pinheiro, conta a trajetória da Nova Ericeira desde 1818 até a metade do século XIX.
Com
180 páginas, a obra traz os bastidores da criação da colônia em 1818 e a guerra
que se travou entre brasileiros e portugueses pelo seu controle. O livro revela
muitas curiosidades, por exemplo, a história de um exemplar raro de “Os
Lusíadas”, que circulou por Santa Catarina no século XIX e pertenceu ao próprio
Luís de Camões.
A
Colônia Nova Ericeira foi criada por ordem de Dom João VI, no dia 25 de março
de 1818, na Enseada das Garoupas, hoje a cidade de Porto Belo. Ao todo cerca de
400 pessoas vieram da freguesia da Ericeira (Portugal), distante 40 quilômetros
de Lisboa. Fizeram parte da colônia as cidades de Balneário Camboriú, Balneário
Piçarras, Barra Velha, Bombinhas, Camboriú, Governador Celso Ramos, Itajaí,
Itapema, Navegantes, Penha, Porto Belo e Tijucas.